
O filme "Guerra ao Terror" foi o grande destaque na cerimônia do Oscar 2010, realizada ontem em Los Angeles. Com nove indicações, a película levou seis estatuetas: de melhor direção para Kathryn Bigelow, melhor filme, roteiro original, montagem, edição de som e mixagem de som.
Com isso, conseguiu superar "Avatar", que também tinha nove indicações ao Oscar. O filme de James Cameron levou apenas três estatuetas - de efeitos visuais, fotografia e direção de arte.
Por seu papel em "Um Sonho Possível", Sandra Bullock recebeu a estatueta de melhor atriz. Jeff Bridges, que atuou em "Coração Louco", acabou com o Oscar de melhor ator.
Como coadjuvantes, venceram Christoph Waltz, em "Bastardos Inglórios", e Mo´Nique, em "Preciosa". O argentino "O Segredo de seus Olhos" ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro e "Up - Altas Aventuras" foi escolhido como melhor filme de animação, que também ficou com o prêmio na categoria trilha
Guerra ao Terror, dirigido por Kathryn Bigelow, venceu seis das nove categorias em que concorria, entre elas, Melhor Filme. Com os prêmios entregues, começou as especulações sobre o sistema de votos adotado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas neste ano. E, de acordo com um artigo publicado na Variety, questiona-se se o filme vencedor foi, de fato, o mais apontado em primeiro lugar na lista dos jurados.
Nos anos anteriores, o sistema de votação consistia na escolha de cada membro da Academia por um entre os cinco filmes indicados, vencendo aquele que fosse apontado como favorito pela maioria. Nesta 82ª edição do Oscar, com dez longas-metragens concorrendo ao prêmio, a votação foi diferente: os membros da Academia tiveram que ranquear os filmes de um a dez e a soma de pontos, de acordo com a posição de cada um, é o que leva ao resultado final.
A polêmica gerada por conta dessa mudança de regras é baseada no argumento de que é a soma de pontos que elege o vencedor e não a indicação do preferido da maioria.
Um membro da Academia, que disse ter votado em Amor Sem Escalas para vencedor de Melhor Filme, declarou ao site que não gosta deste sistema adotado: "Não gosto desta forma de votação porque, teoricamente, um filme que não receba nenhum voto para o primeiro lugar pode acabar levando o prêmio."
Não se sabe se o modelo de votação adotado vai prevalecer para as próximas edições da premiação. A Variety afirma que vai demorar alguns anos pra saber se a experiência vai dar certo, de acordo com a declaração de fontes próximas ao conselho da Academia.

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